Skatista profissional, analista de e-commerce, personal organizer estão entre as atividades que foram incluídas na Classificação Brasileira de Ocupações.
Perito judicial, sommelier, obstetriz são carreiras há muito tempo consolidadas no mercado, mas só agora ganharam o reconhecimento do Ministério do Trabalho e foram incluídas na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO). Outras ocupações, que são super-recentes, já entraram para a lista das 22 novas atividades reconhecidas.
Portanto, o Brasil agora conta com 2.269 profissões. Algumas surgiram em decorrência das novas tecnologias, que demandam mão de obra especializada, principalmente, nas áreas de marketing, segurança da informação e engenharia, como a biomédica, um campo, aliás, muito amplo e que se destacou sobretudo durante a pandemia.
E justamente essas mudanças no cenário tecnológico são uma das justificativas para receber a chancela do Ministério do Trabalho. Segundo o órgão, para que a profissão conquiste o reconhecimento, é feito um estudo e análise do perfil das atividades e perfil de cada categoria, levando em conta ainda mudanças nos aspectos social, econômico e cultural que provocam alterações nas dinâmicas do mercado de trabalho.
A CBO reúne, então, todas essas informações e formula estatísticas que, por sua vez, servem de base para a elaboração de políticas públicas de emprego conforme as áreas.
Reconhecida vs. regulamentada
As palavras são bem parecidas, não é? Mas existe diferença: o reconhecimento do Ministério do Trabalho é o primeiro passo para que a profissão seja regulamentada, isto é, que seja regida por lei específica sancionada pela Presidência da República. Dessa forma, a atividade passa a ter regulamentação própria de direitos e garantias, como piso salarial, jornada de trabalho estabelecida e outras particularidades.
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E você sabia qual foi a primeira profissão regulamentada no Brasil? Se você disse Ciências Contábeis, acertou! O curso só surgiu em 1945 e, antes disso, era chamado de ensino comercial.
Portanto, as profissões não regulamentadas são reconhecidas pela ordem jurídica, mas não necessariamente exigem uma formação, como é o caso do skatista profissional ou personal organizer. Afinal, você já imaginou o skatista Rogério
Lopes Febem indo para a faculdade com seu skate debaixo do braço para aprender novas manobras radicais?
Mas, se algumas profissões dessa lista são muito conhecidas, outras deixam a gente em dúvida.
Você sabe o que faz um greidista?
Ou um inspetor de qualidade dimensional, por exemplo? Pois bem, entre as novas profissões reconhecidas, é possível que você não esteja familiarizado com a nomenclatura. Por isso, selecionamos algumas delas para explicar o que de fato esses profissionais fazem:
Greidista: greide é a inclinação vertical do eixo da estrada, portanto, o greidista é quem realiza cálculos do material a ser usado em terraplanagem, é responsável pelo nivelamento de pistas entre outras funções.
Inspetor de qualidade dimensional: trabalhador do setor industriário responsável por inspecionar a dimensão de peças e equipamentos, por isso precisa se especializar em mecânica, caldeiraria, montagem de máquinas e topografia industrial.
Sommelier: é aquele especialista que ajuda a harmonizar o melhor vinho ou cerveja num restaurante, e participa desde a escolha e compra da bebida até a administração da adega e prova da bebida antes de chegar ao consumidor final.
Personal organizer: é o termo em inglês que significa consultor de organização, ou seja, a pessoa responsável por deixar seu armário arrumadinho ou qualquer ambiente organizado.
Profissões recentes que já foram reconhecidas
A era digital, com a internet, não só revolucionou o modo como nos comunicamos, mas trouxe novas carreiras principalmente na área de marketing. Duas novas
profissões bastante recentes já foram reconhecidas em tempo recorde por serem essenciais, como:
Oficial de proteção de dados pessoais: surgiu em virtude do novo Marco Legal da Internet e a aprovação da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), que entrou em vigor em 2020. Esse profissional é responsável por proteger e cuidar do fluxo de informações de uma organização.
Analista de e-commerce: atua em um dos mercados que mais cresceram durante a pandemia, o comércio eletrônico. Essa função exige o domínio das redes sociais, anúncios para web e análise de métricas, entre outras habilidades.
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Algumas das novas profissões exigem curso técnico para exercê-las, veja só:
Técnico em agente comunitário de saúde: trabalha na prevenção de doenças e promoção da saúde, com base em estratégias de educação popular.
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Técnico em dependência química: participa de programas ou serviços de atenção a pessoas com transtornos decorrentes do uso ou abuso de substâncias psicoativas.
Tecnólogo em agronegócio: atua em um setor em franco desenvolvimento com atividades diversas voltadas à área rural.
Três engenharias estão entre as novas profissões reconhecidas
A área, aliás, tem uma grande escassez de profissionais. Dados do Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura mostram que o número de engenheiros diplomados no Brasil recuou 9% entre 2015 e 2019.
Por isso se você é fera em exatas e ainda não decidiu qual graduação fazer, a dica seguir uma destas profissões:
Engenheiro de energia: busca soluções para geração, transmissão e distribuição de energia levando em conta seus impactos no meio ambiente.
Engenheiro têxtil: desenvolve e acompanha processos como produção de fibras e fios para fabricação de novos tecidos; projeta e implanta novas tecnologias relacionadas às etapas mecânicas e químicas.
Engenheiro biomédico: trabalha em prol de melhorias na área de saúde, desenvolvendo novas tecnologias, como robôs cirúrgicos, próteses, sistemas de imagens, como ressonância magnética, ultrassom e raio X.
Leia também: 5 motivos para cursar Engenharia Biomédica
Além dessas, também foram reconhecidas as seguintes profissões: estampador de placa de identificação de veículos; operador de manutenção e recarga de extintores de incêndio; operador de usina de asfalto; guarda portuário; policial penal (antigo agente prisional); condutor de turismo náutico; controlador de acesso (que é diferente de porteiro).
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