Informações falsas, manipuladas ou incompletas no currículo podem gerar prejuízos para todos. Conheça as mentiras mais comuns e fique bem longe delas.
Estabelecer novas relações, sobretudo aquelas mais duradouras e pautadas na confiança mútua, não costuma ser algo simples, não é mesmo? Essa dinâmica é sempre muito complexa e no mundo corporativo não é diferente.
Se de um lado há uma série de exigências para a seleção de um candidato a uma vaga, do outro há um empregador com obrigações trabalhistas (ainda que flexibilizadas pelas recentes mudanças na lei), compromissos administrativos e que precisa errar o menos possível na escolha da pessoa que irá ocupar o cargo. Afinal de contas, isso tende a impactar diretamente no sucesso de um projeto, de um setor e — por que não? — do empreendimento como um todo.
Infelizmente, é muito comum que em meio a alta competitividade do mercado de trabalho, alguns candidatos tentem trapacear incluindo informações falsas no currículo. Essas mentiras, ou meias-verdades, podem parecer inofensivas e passar batido em alguns casos e por algum tempo, mas é sempre um risco alto demais: desde uma demissão por justa causa, um processo com possibilidade de indenização à organização prejudicada e, até mesmo, uma mancha significativa no histórico e na credibilidade do profissional em questão.
É como diz aquela famosa frase atribuída a Abraham Lincoln: “Você pode enganar algumas pessoas o tempo todo ou todas as pessoas durante algum tempo, mas você não pode enganar todas as pessoas o tempo todo”. E como uma empresa é feita de muita gente, de rotinas com inúmeras situações, e o mercado é cheio de coincidências, é melhor agir sempre com a certeza de que a verdade nunca custa tão caro.
Vamos, então, às mentiras mais comuns que as pessoas põem no currículo:
Datas e tempo de experiência
Não são raros os casos em que os candidatos tentam manipular as datas de admissão e desligamento em seus antigos empregos, seja por receio de passagens rápidas pelas empresas, por estarem há algum tempo fora do mercado ou para inflar sua experiência. No entanto, além de ser algo que pode ser checado com algumas ligações, esses fatores não são rigorosamente eliminatórios.
É cada vez mais frequente, por exemplo, que profissionais usem os primeiros meses como um período de experiência, realizando curtas passagens por empresas com as quais acabam não se identificando. Pelo contrário do que diz o senso comum, essa avaliação não é um direito exclusivo do empregador.
Note, ainda, que estar um tempo fora do mercado não deve ser um impedimento caso o candidato demonstre ser alguém interessado e que busca meios para se manter o máximo possível atualizado sobre a sua área de atuação. Da mesma forma que não ter toda a experiência não impede que o interessado na oportunidade tente propor a realização de um teste, por exemplo. E se isso não for mesmo possível, certamente haverá alguma outra vaga com mais flexibilidade nesse ponto ou que faça mais “fit” com sua verdadeira bagagem.
Cargos e funções anteriores
Aqui, outro ponto que carece de transparência. Se por um acaso o candidato ocupou um cargo operacional, mas colaborou em funções de coordenação, isso deve ser informado de forma clara.
As competências desenvolvidas e as contribuições realizadas ao longo da trajetória do profissional, podem ser descritas e valorizadas em acordo com a vaga pretendida, mas devem ter, de fato, feito parte da rotina e do trabalho executado.
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Formações e cursos não concluídos
É possível incluir no currículo uma série de formações, desde as acadêmicas até as profissionais e de extensão, contudo, é preciso atentar ao fato de que a empresa pode requerer a comprovação das titulações por meio dos diplomas e certificados.
Mesmo que isso não aconteça, suponhamos que o conhecimento no software exigido seja imprescindível para a realização diária do trabalho!? Melhor que se arriscar, é jogar limpo: caso o candidato tenha algum conhecimento, ainda que básico, mesmo não tendo concluído o curso, isso pode denotar uma capacidade de autodidatismo e determinação, por exemplo. Por isso, gaste seu tempo se preparando!
Nível de proficiência em idiomas
Essa é uma das mentiras mais usadas para valorizar um currículo ou adequá-lo a uma vaga. Isso acontece não somente porque grande parte das empresas valorizam um novo idioma, mas porque a maioria das pessoas acredita, por algum motivo, que o recrutador não irá tão longe para verificar e testar a capacidade: puro engano. Para atestar essa habilidade, basta que o recrutado seja entrevistado no idioma informado.
O fato é que, hoje em dia, estão disponíveis diversas ferramentas incríveis para o aprendizado de idiomas. Se for aluno Uninter, então, não precisa mais adiar os planos de se comunicar em outra língua: conheça o nosso curso de inglês on-line grátis.
Por fim, a dica mais importante é agir sempre com franqueza e não acabar errando, muitas vezes, como vimos, por pura insegurança: foque na sinceridade e confie no processo.
E você, já viu uma vaga tão incrível, mas não se candidatou porque não tinha o que precisava para participar da seleção? Então, não desanime e dê uma olhada nos cursos da Uninter.